Depois da ascensão das redes fast food, nunca se falou tanto
em boa alimentação. Todo cidadão com
o mínimo de informação sabe qual alimento é saudável ou não para saúde. Não precisa
ser nutricionista para entender o necessário. A grande questão é: até que ponto esse conhecimento é colocado
em prática?
O discurso não é viver de alfafa e suco de clorofila, mas
criar um olhar mais atento para a alimentação no dia a dia das crianças. Neste
universo, não se pode esperar que somente as escolas alimentem bem seus
pupilos. Muitas instituições de ensino acabam mesmo optando pelo o que é fast,
mas que nem de longe é food.
A globesidade - taxa
de obesidade que cresce globalmente - já virou palavra antiga. A escola não deve
ser a única responsável por tratar bem a questão da alimentação em seu espaço,
mas precisa estar atenta ao fato. A inclusão de programas nutricionais entre as disciplinas pedagógicas e as recreações
que envolvem o tema da boa alimentação trazem
resultados muito positivos.
A fonoaudióloga Cristiane S. Calciolari afirma que percebeu a
mudança no comportamento alimentar da filha depois que o programa de nutrição
foi implementado na escola: “A Catarina ficou mais receptiva a experimentar
coisas novas e passou a aceitar melhor a ingestão de carnes, tanto vermelha
quanto branca (peixe e frango). Sempre procurei manter uma alimentação saudável
para ela, mesmo porque o colesterol e o triglicérides dela alteram muito facilmente,
então sempre tenho que fazer os exames de sangue 2 vezes, controlando o que ela
come antes da repetição”.
A simples convivência com outras crianças que têm uma alimentação
saudável já serve de estímulo para os colegas. A hora do lanche é uma ótima
oportunidade de interagir e conversar sobre os alimentos, observando o que o
outro come e imitando seus bons hábitos.
Vivemos numa época em que crianças não sabem nomear corretamente legumes e verduras mas reconhecem em frações de segundo embalagens de
alimentos industrializados. Considerar que isso é normal no mundo moderno é
no mínimo frustrante e neste ponto devemos questionar: Até quando haverá o descomprometimento por parte dos pais?
Por conta da má alimentação, as crianças estão adquirindo
precocemente doenças que até então acometiam apenas os adultos, como pressão
alta (para citar apenas uma entre muitas). Além disso, uma criança que não se
alimenta adequadamente tem sérias chances de apresentar distúrbios psicológicos
na vida adulta. Mais uma vez a pressa da vida moderna e a falta do acompanhamento
por parte dos responsáveis dão espaço ao que é mais viável, mais rápido, mais
prático e, por consequência, menos saudável.
A obesidade infantil não
deve ser tratada como uma questão estética, mas sim uma questão de saúde púbica
e as escolas devem estar preparadas, informadas e adaptadas para ajudar no combate
deste mal que reina absoluto em muitos dos lares brasileiros.
E você, o que coloca no prato do seu aluno ou do seu filho?
Para os meus sempre frutas, muitas frutas. Eles amam especialmente frutas e saladas em geral. Com os legumes, vai um hoje, outro amanhã, e não desisto nunca, uma hora passa a ser natural.
ResponderExcluirO grande erro é o adulto comer errado, ele nunca vai convencer uma criança a comer direito se não se nutre corretamente. Mais uma vez os exemplos são mais estridentes do que as palavras.
Bjoca, Regis e boa sorte em seu blog!
Oi Rê, perfeito. Criança gordinha nunca foi sinônimo de criança saudável. O que me chateia também são as indústrias maquiarem os alimentos como saudáveis e quando nos atentamos em ler os rótulos, descobrimos que muitos "suquinhos saudáveis", "bolinhos de leite", etc são cheios de sódio, açúcar refinado e outros venenos. Recomendo à todas as mamães ficarem muito atenta aos rótulos! Vamos ler a composição daquilo que nossos filhos colocam na boca! Nem sempre o que é caro, é bom para a saúde dos filhos.
ResponderExcluirBeijos
Micaela