terça-feira, 19 de fevereiro de 2013

O que seu filho come pode ser fast, mas está longe de ser food


Depois da ascensão das redes fast food, nunca se falou tanto em boa alimentação. Todo cidadão com o mínimo de informação sabe qual alimento é saudável ou não para saúde. Não precisa ser nutricionista para entender o necessário. A grande questão é: até que ponto esse conhecimento é colocado em prática?

O discurso não é viver de alfafa e suco de clorofila, mas criar um olhar mais atento para a alimentação no dia a dia das crianças. Neste universo, não se pode esperar que somente as escolas alimentem bem seus pupilos. Muitas instituições de ensino acabam mesmo optando pelo o que é fast, mas que nem de longe é food.

A globesidade  - taxa de obesidade que cresce globalmente - já virou palavra antiga. A escola não deve ser a única responsável por tratar bem a questão da alimentação em seu espaço, mas precisa estar atenta ao fato. A inclusão de programas nutricionais entre as disciplinas pedagógicas e as recreações que envolvem o tema da boa alimentação trazem resultados muito positivos.

A fonoaudióloga Cristiane S. Calciolari afirma que percebeu a mudança no comportamento alimentar da filha depois que o programa de nutrição foi implementado na escola: “A Catarina ficou mais receptiva a experimentar coisas novas e passou a aceitar melhor a ingestão de carnes, tanto vermelha quanto branca (peixe e frango). Sempre procurei manter uma alimentação saudável para ela, mesmo porque o colesterol e o triglicérides dela alteram muito facilmente, então sempre tenho que fazer os exames de sangue 2 vezes, controlando o que ela come antes da repetição”.

A simples convivência com outras crianças que têm uma alimentação saudável já serve de estímulo para os colegas. A hora do lanche é uma ótima oportunidade de interagir e conversar sobre os alimentos, observando o que o outro come e imitando seus bons hábitos.

Vivemos numa época em que crianças não sabem nomear corretamente legumes e verduras mas reconhecem em frações de segundo embalagens de alimentos industrializados. Considerar que isso é normal no mundo moderno é no mínimo frustrante e neste ponto devemos questionar: Até quando haverá o descomprometimento por parte dos pais?

Por conta da má alimentação, as crianças estão adquirindo precocemente doenças que até então acometiam apenas os adultos, como pressão alta (para citar apenas uma entre muitas). Além disso, uma criança que não se alimenta adequadamente tem sérias chances de apresentar distúrbios psicológicos na vida adulta. Mais uma vez a pressa da vida moderna e a falta do acompanhamento por parte dos responsáveis dão espaço ao que é mais viável, mais rápido, mais prático e, por consequência, menos saudável.

A obesidade infantil não deve ser tratada como uma questão estética, mas sim uma questão de saúde púbica e as escolas devem estar preparadas, informadas e adaptadas para ajudar no combate deste mal que reina absoluto em muitos dos lares brasileiros.

E você, o que coloca no prato do seu aluno ou do seu filho?

2 comentários:

  1. Para os meus sempre frutas, muitas frutas. Eles amam especialmente frutas e saladas em geral. Com os legumes, vai um hoje, outro amanhã, e não desisto nunca, uma hora passa a ser natural.
    O grande erro é o adulto comer errado, ele nunca vai convencer uma criança a comer direito se não se nutre corretamente. Mais uma vez os exemplos são mais estridentes do que as palavras.
    Bjoca, Regis e boa sorte em seu blog!

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  2. Oi Rê, perfeito. Criança gordinha nunca foi sinônimo de criança saudável. O que me chateia também são as indústrias maquiarem os alimentos como saudáveis e quando nos atentamos em ler os rótulos, descobrimos que muitos "suquinhos saudáveis", "bolinhos de leite", etc são cheios de sódio, açúcar refinado e outros venenos. Recomendo à todas as mamães ficarem muito atenta aos rótulos! Vamos ler a composição daquilo que nossos filhos colocam na boca! Nem sempre o que é caro, é bom para a saúde dos filhos.
    Beijos
    Micaela

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