Um
outro lado da maternidade existe e poucas mulheres se dão conta dele. Aqui
vamos chamá-lo de “O LADO B DA
MATERNIDADE”. Assim mesmo, com maiúsculas e em negrito.
O
cenário é realmente muito bonito: um quarto todo fofinho, um bercinho azul ou
rosa, bichinhos de pelúcia, fraldinhas bordadas, tudo combinando, cheiro de
bebê por todos os lados. E você logo imagina que o mundo será esta calmaria
celestial assim que o seu bebê nascer. Fica aqui um aviso: não será.
Por
mais que se tente planejar o futuro, a mulher que opta pela maternidade pouco
sabe (ou quase nunca) que a simples chegada de uma criança, seja filho da
barriga ou do coração, representa literalmente um “divisor de vidas”.
O que a maternidade te
trouxe de melhor?
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“Duas crianças
lindas e auto-conhecimento. Para você educar e ensinar, precisa primeiro se
conhecer, e bem. E a maternidade proporciona isso, você tem que se conhecer
na marra, todo dia, e nos assuntos mais variados. Eles nos forçam o tempo
todo para frente.”
Lilian Barreto,
mãe de Beatriz (7) e Henrique (4),
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A busca por fazer sempre o meu melhor, por ser o maior
exemplo, por sempre buscar a felicidade deles, porém com limites,
principalmente na questão financeira. Enfim, a possibilidade de desviar o
foco de mim e focar em outras pessoinhas.”
Vanessa Paganini, mãe de Luis
Fernando (5) e Liz (3).
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Em meio a todos os cuidados básicos que qualquer
criança requer, chegam também as dúvidas, os questionamentos, os dilemas
pessoais e as tristezas (depressão pós-parto não é lenda). Além da nova e
desconhecida rotina que se cria em torno da criança, surge uma nova mulher
cujas expectativas de si e do mundo são questionadas. Nasce um filho, nasce uma
mãe.
As
prateleiras das boas livrarias estão cheias de obras de autoajuda sobre o tema.
No livro Eu Era Uma Ótima Mãe Até Ter Filhos as autoras Trisha Ashworth e Amy
Nobile tratam do assunto de uma forma divertida, porém não menos séria. Apesar
de parecer, a princípio, um apanhado de depoimentos depressivos acerca de
maternidade, trata-se de um livro que compila sentimentos, expectativas e
anseios muito comuns entre a maioria das mulheres que se tornaram mães.
O que a maternidade te tirou de
melhor?
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“Meu sono ingênuo, infantil,
despreocupado e ainda ganhei um zumbido de brinde.”
Lilian Barreto, mãe de Beatriz (7) e
Henrique (4),
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“A minha liberdade de ir e vir... sair
com os amigos, sair com o marido, voltar sem horário de uma reunião de
trabalho, ou de um passeio no shopping.”
Vanessa Paganini, mãe de Luis Fernando
(5) e Liz (3).
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Quando
a mulher atinge a plena consciência das obrigações que a aguardam e tendo em
mente que haverá SIM uma mudança no seu estado emocional e no seu dia-a-dia,
fica mais fácil encarar a ideia da procriação. Até porque os grandes dilemas
estão mais ligados à rotina e aos hábitos que existiam na vida antes dos
filhos.
Mas mesmo sabendo que a maternidade tira algo de bom que existia antes na vida da
mulher, a melhor contribuição que se pode dar ao universo (a si mesma!) é o
nascimento de uma criança. E este ganho é imensurável.
No
momento em que se atinge a consciência dos 2 lados da maternidade é que o lado
meio obscuro fica totalmente iluminado pelo brilho e pelo calor do verdadeiro SOL que vem habitar a casa, o coração e a mente,
todos os dias, para o resto da vida de quem é mãe. Assim mesmo, com maiúsculas
e colorido.
Lindo texto! Beijoca
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