terça-feira, 30 de abril de 2013

Torcedor mirim, sim. Intolerante precoce, não.


Vestir a camisa do time, beijar o símbolo, cantar o hino, saber a escalação do jogo que ocorreu há 3 anos...um bom torcedor de futebol “carrega” o nome do time como se fosse sobrenome. E, como tal, repassa ao filho. Mas será que esta criança que recebe a herança esportiva é ensinada a tolerar que o amiguinho da escola torça por um time diferente?

Aceitar as diferenças e conviver com elas de modo pacífico: eis um dos grandes desafios desta geração Y. Toda criança tende a repetir hábitos existentes em seu modelo de família. Assim, faz-se necessário que se atente para o ensino da convivência pacífica com os amigos que “pertencem” a outro time, ou até mesmo que têm preferência por outro esporte, que não o futebol.

Algumas cenas deste tipo de intolerância já podem ser observadas nas escolas. Ansiedade, competitividade extrema. Xingamentos, isolamentos, agressão física. Toda a paixão pelo time rapidamente se transforma em ódio pelo time do outro. Os adultos muitas vezes não percebem, mas estão transferindo para seus herdeiros hábitos de intolerância que poderiam ser evitados, o que traria uma nova consciência coletiva de respeito ao próximo e aceitação das diferenças.

terça-feira, 2 de abril de 2013

Contos de fada e o mundo moderno: seria hora de o príncipe ser um sapo?

As histórias infantis clássicas muito bonitinhas e com finais sempre felizes agradam muito os príncipes e princesas que temos em casa. Mas será que não estão ultrapassadas para a realidade?


Por sua própria condição, a criança vive num mundo de fantasias e tudo o que é lúdico, fantástico e que caminha na linha da imaginação é extremamente positivo para seu desenvolvimento e crescimento. Faz parte da vida da criança sonhar, imaginar, fazer de conta.

Mas é preciso atentar para detalhes importantes destas histórias da literatura clássica infantil: envolvendo as relações entre as pessoas em suas diversas dinâmicas, as histórias de contos de fadas trazem estereótipos que, muitas vezes, conflitam com a vida real.

As princesas são sempre lindas, magras, muitos sofridas. Os príncipes normalmente chegam a cavalo com seus olhos claros e uma vida de riqueza. Corações, estrelas, florzinhas, bruxas, dragões, o bem contra o mal. Heróis e heroínas. O casamento como final feliz. É a ficção estereotipada com sua visão maniqueísta. Até que ponto esta apresentação de “modelo de convivência” é saudável?