Vestir a camisa do time, beijar o símbolo, cantar o hino,
saber a escalação do jogo que ocorreu há 3 anos...um bom torcedor de futebol “carrega”
o nome do time como se fosse sobrenome. E, como tal, repassa ao filho. Mas será
que esta criança que recebe a herança esportiva é ensinada a tolerar que o
amiguinho da escola torça por um time diferente?
Aceitar as diferenças e conviver com elas de modo pacífico:
eis um dos grandes desafios desta geração Y. Toda criança tende a repetir
hábitos existentes em seu modelo de família. Assim, faz-se necessário que se
atente para o ensino da convivência pacífica com os amigos que “pertencem” a outro
time, ou até mesmo que têm preferência por outro esporte, que não o futebol.
Algumas cenas deste tipo de intolerância já podem ser observadas nas escolas. Ansiedade,
competitividade extrema. Xingamentos, isolamentos, agressão física. Toda a
paixão pelo time rapidamente se transforma em ódio pelo time do outro. Os
adultos muitas vezes não percebem, mas estão transferindo para seus herdeiros
hábitos de intolerância que poderiam ser evitados, o que traria uma nova
consciência coletiva de respeito ao próximo e aceitação das diferenças.